Agronegócio

Soja busca equilíbrio em Chicago nesta terça-feira, mas ainda conta com fundamentos positivos

26 de abril de 2016
Compartilhe

Apesar do quadro de fundamentos ainda bastante positivo, o mercado da soja na Bolsa de Chicago, mais uma vez, a por uma leve realização de lucros neste início de sessão da terça-feira (26). Os principais vencimentos, por volta das 7h46 (horário de Brasília), perdiam entre 0,25 e 1,25 ponto. Assim, o contrato maio/16, que é referência para a safra brasileira, valia US$ 9,99 por bushel, já o agosto vinha cotado a US$ 10,11.

Os futuros da oleaginosa atuam com estabilidade depois do pregão agitado desta segunda-feira (25), quando as cotações chegaram a subir mais de 30 pontos e renovaram algumas máximas. Entretanto, o mercado futuro norte-americano ainda conta com as especulações sobre as condições de clima na América do Sul – para a conclusão da safra 2015/16 – e nos Estados Unidos – para o início do plantio – que estimulam um prêmio de risco climático, bem como uma volta dos fundos de investimento à ponta compradora do mercado, motivando os ganhos.

Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras e trouxe os primeiros números da temporada 2016/17 da soja. Até o último domingo (24), o plantio da oleaginosa já havia sido concluído em 3% da área, ligeiramente acima dos 2% da média dos últimos cinco anos e do mesmo período do ano anterior.

Além disso, há, nesse momento, uma demanda maior pelos produtos norte-americanos – soja em grão e derivados – devido à uma desvalorização do dólar, que também favorece o atual cenário para os preços. E esse fator ganha ainda mais peso diante das perdas que continuam a ser contabilizadas na América do Sul, principalmente na Argentina, por conta das chuvas excessivas.

Veja como fechou o mercado na segunda-feira:

Soja fecha com forte alta em Chicago, recupera os US$ 10 e preços avançam no Brasil

O mercado da soja, na sessão desta segunda-feira (25) na Bolsa de Chicago, voltou a disparar e a fazer novas máximas entre as posições mais negociadas. Os negócios iniciaram o dia com um leve movimento de realização de lucros, porém, na sequência e ainda diante de fundamentos positivos, os preços voltaram a subir e, durante a tarde, as altas aram de 30 pontos.

Assim, o primeiro pregão da semana terminou com ganhos de 12,75 a 13,25 pontos nos principais vencimentos e cotações de volta à casa dos US$ 10,00 por bushel. O vencimento agosto/16, que na máxima do dia bateu em US$ 10,31, ficou em US$ 10,11; já o julho/16 bateu em US$ 10,29, para encerrar com US$ 10,09. Os valores, ainda segundo relatam analistas internacionais, são os mais altos dos últimos oito meses.

Para Glauco Monte, diretor de commodities da FCStone, há ainda uma junção de fatores que segue dando e às cotações da soja em Chicago. Formando o cenário positivo estão o clima ainda adverso na América do Sul – com o excesso de chuvas castigando as lavouras da Argentina e a seca comprometendo a conclusão do ciclo na região do Matopiba, no Brasil -; as incertezas climáticas nos Estados Unidos e uma demanda maior pelo produto norte-americano atrelado, entre outros fatores, por uma desvalorização do dólar frente ao real.

“Neste período de pré plantio nos EUA, o mercado coloca um prêmio de risco climático até que se tenha uma melhor definição da nova safra, isso também ajuda a puxar os preços e a volta dos fundos. E esse, portanto, deve ser um período marcado pela volatilidade”, diz o executivo.

Monte explica ainda que essa queda da moeda dos EUA reduziu a competitividade da soja brasileira para os importadores, a qual conta ainda com prêmios elevados e que seguem próximos dos 60 cents de dólar pagos sobre os valores de Chicago, e esse torna mais um fator de alta para os futuros da oleaginosa. No Golfo do México, saída para a soja dos EUA a ser exportada, esses prêmios oscilam, neste início de semana, entre 40 e 55 cents nas principais posições de entrega.

“Com o câmbio mudando esse cenário, os EUA voltaram a ser mais competitivos. Não que as exportações tenham se acelerado muito, mas diante das últimas expectativas, as vendas vêm melhorando semana a semana, e isso acelerou um pouco as cotações em Chicago”, completa.

O atual momento, e principalmente as incertezas climáticas, estimula, portanto, a volta dos fundos ao mercado futuro norte-americano da soja, ajudando a puxar os preços.

“A chave de definição será justamente a linha de atuação dos fundos, que adquiriram uma posição em carteira enorme comprada. Será que esses fundos continuarão a aumentar tais posições? Será que a defenderão nos recuos? Será que com a evolução da safra americana os fundos abandonarão as compras? Essas perguntas valem milhões e milhões de dólares”, explica a analista de mercado Andrea Cordeiro, da Labhoro Corretora.

Ainda segundo Andrea, o andamento do clima deverá ser o responsável pelo movimento dos fundos, portanto, daqui em diante. “No momento os mapas NÃO confirmam a entrada do La Niña. Mas apertem os cintos porque nesta semana, o ENSO atualizará as previsões sobre El Niño/La Niña, o que pode alimentar especulações nervosas em Chicago”, salienta a analista, reforçando que mais volatilidade vem por aí.

Preços no Brasil

E alta dos preços em Chicago segue puxando os preços no mercado do Brasil. No interior do país, os ganhos variaram entre 0,48% – em Jataí/GO, para R$ 62,20 por saca – e 8,80% para R$ 68,00 em Campo Novo do Parecis/MT. Em Cascavel, no Paraná, ganho de 0,74% para R$ 68,50 e de 3,13% em São Gabriel do Oeste/MS, para R$ 66,00.

Nos portos, os valores também subiram, porém, de forma mais tímida. Afinal, os fortes ganhos registrados em Chicago vieram limitados pelo dólar, que fechou em queda na sessão desta segunda-feira, perdendo 0,61% e cotado a R$ 3,5485. Assim, em Rio Grande, a soja disponível terminou o dia com R$ 79,80, alta de 0,38%, e em Paranaguá, com R$ 83,00 por saca e ganho de 1,22%. Já o produto com embarque março/17 foi a R$ 85,00 no terminal paranaense e com R$ 85,50 no gaúcho, ambos estáveis.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 06/06/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,37

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.725,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 67,50
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 10/06/2025 09:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria